Idje Imotuntun: Competição de Inovação do projeto “Aquilomba, Paraíba” teve início nesta segunda-feira (29)
Visando desenvolver a criatividade e a inovação de quilombos paraibanos, o Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), iniciou, nesta segunda-feira (29) o Idje Imotuntun – Hackathon na língua Ioruba –, competição de inovação do projeto “Aquilomba, Paraíba”. A ação aconteceu no Fórum Maximiano Figuereido e destinou-se a participantes do projeto e lideranças políticas do movimento negro e quilombola. Até a quarta-feira (31), os integrantes dos quilombos paraibanos participam da maratona e concorrem ao Prêmio Gertrudes Maria.Na ocasião, o presidente do TRT-13, desembargador Thiago Andrade, enfatizou a importância de órgãos públicos realizarem ações voltadas para a população negra. “A Paraíba é um estado perso e precisamos que essa persidade esteja presente em todos os espaços. As pessoas que estão em cargos de ‘poder’ precisam usar os seus privilégios para olhar de igual para igual, abrir caminhos e gerar oportunidades. Essa é a missão do Tribunal. Queremos combater o racismo estrutural e executar ações para aqueles que tiveram os seus direitos negligenciados”, destacou.Pensando nisso, durante o evento, foram doados 100 computadores para a Coordenação Estadual das Comunidades Negras e Quilombolas da Paraíba (CECNEQ), com o objetivo de ampliar as ferramentas de aprendizagem dos integrantes de quilombos através da tecnologia digital. Além disso, para abrilhantar mais ainda o momento, o Maracatu Quilombo Nagô preencheu o espaço com música, dança e energia da ancestralidade e cultura. O evento contou, também, com a participação do vice-presidente do Banco do Brasil (BB), José Sasseron; da diretora da Fundação Banco do Brasil, Luciana Bagno; e do gerente de soluções da Unidade de Sustentabilidade, Thiago Costa Silva. Os representantes do BB conversaram com os participantes do “Aquilomba, Paraíba” sobre a “Transforma”, plataforma de tecnologias sociais desenvolvida pela instituição. “O Banco do Brasil, através da Fundação, investe em projetos para mulheres e homens negros, promovendo, de forma coletiva, caminhos para a transformação social. Apoiar o TRT-13 nesta ação é uma honra para nós. Juntos estamos gerando transformações significativas e duradouras. Aquilombar é preciso”, esclarece Thiago.Afro caminhosDando continuidade, a pedagoga e consultora de inclusão, Benilda Brito, ministrou a palestra “Afro Caminhos para um Bem-viver”. “A agulha puxa a linha. Sem a agulha, que é o conhecimento dos nossos ancestrais, não chegamos a lugar nenhum. Então, devemos pegar a nossa costura, que é a nossa caminhada, e se orgulhar dela. Olhe para o seu pano costurado, você contribui para a história do nosso povo e, por isso, precisamos resistir. Um dia seremos a agulha de alguém”, destacou. Para finalizar o primeiro dia do Idje Imotuntun, os integrantes do projeto participaram de jogos e quizzes sobre empreendedorismo e inovação com a equipe do “Inspira, não pira”, do Sebrae Paraíba, para entrosar os participantes e gerar soluções inovadoras, através de conversas e do aquilombamento. Neste segundo dia de atividades, a competição de inovação acontece no Centro Integrado da Justiça Social (Cijus), nos turnos da manhã e da tarde, com prototipação, rodada de mentoria, modelagem de negócio e preparação de pitch, entre outras atividades. A maratona se encerra nesta quarta-feira (31), com apresentação de pitch e a premiação Gertrudes Maria.Rebecca Narriê (estagiária)Com supervisão de Celina Modesto Assessoria de Comunicação Social do TRT-13